Mês: julho 2007
Desenho 25 e 26 (“Lembranças e Janelas”e “Três Corações”) devaneio 8
Lembranças e Janelas . técnica mista
Aos Poucos tudo vira nada.
Aos poucos tudo vira nada
O tempo leva a todos pela mesma estrada
Até mesmo um grande amor é esquecido
Restando apenas sobras do que foi vivido.
Aos poucos tudo vira nada
Lindas jornadas viram pegadas
Dos mais belos sonhos sobram vestígios
Se esquecem de si próprios em pequenos esconderijos
Aos poucos o amor vira dor
E toda dor aos poucos se apaga
Alguém que nunca de fato existiu
Caminhando pela vazia madrugada
Aos Poucos tudo vira nada
Pois ficaremos vazios no fim da jornada
Pois esperamos sempre que tudo passe
O tempo é um rio e nós uma jangada.
E Aos poucos tudo se acaba
Em um lampejo, um desejo
Seu beijo que nunca sentirei
Nos sonhos que nunca viverei
Aos poucos tudo vira nada
Você será apenas uma lembrança
Nem boa nem ruim, uma lembrança apenas…
Do que fiz de mim.
A lua Devaneio 7 Desenho 24
a lua dos solitários..
a lua dos apaixonados…
a lua dos meninos pobres…
na noite sem estrelas ou flores
perdido entre tristezas e amores
que se perdem no tempo
sozinhos… ao relento.
brilhando na escuridão
sua luz não traz satisfação
intermináveis momentos
de inexplicável rejeição
enquanto lagrimas chegam ao chão.
na noite sem estrelas
em um céu sem compaixão
na lua que lampeja
e na solidão festeja
para nos lembrar apenas
que não exite razão