Categoria: Artes Plásticas
Quem matou Basquiat?
Tive um tempo para refletir minhas influências e a partir da obra de Basquiat desenvolver novos trabalhos em desenho misturando os meus processos e alguns pensamentos da figura do homem preto.
Ser ou não ser um “artista negro”?
Na nossa sociedade racista, escolher ser um artista negro é um desafio politico. Mas o que é ser um artista preto? neste post levando esse questionamento.
Miguel de Rio Branco: Dualidade e Apagamento…
Como continuação da discussão da “Arte como Poder” inspirada por Inhotim, neste post pretendo deixar algumas indagações e reflexões sobre a obra do artista Miguel de Rio Branco, que tem um pavilhão dedicado no museu de Brumadinho.
Inhotim – A arte como Poder
Inhotim – A arte como Poder
Território é um dos principais elementos de poder. Os animais e nós, seres humanos descobrimos que é o mais importante.
Inhotim é em primeira instância este tipo de demarcação, em segundo lugar é uma exaltação do poder do dinheiro e por último, a Arte vem para reforçar os dois primeiros ícones de poder. Como sempre foi. Território, dinheiro e Arte = Poder.
Podemos pensar em todo Museu como demonstração de poder. A coleção de objetos e preservação da memória (muitas vezes de “conquistas”, roubos…). Possuir o conhecimento, assim como as “relíquias” que o represente, torna a sociedade que os detém mais sofisticadas. Transformar coleções particulares em públicas (ou emprestá-las), da notoriedade e acrescenta o valor das peças.
A cada passo em Inhotim essa ideia é martelada e parece ser sussurrada junto com o canto dos pássaros, insetos e os animais que passam correndo pelas arvores. O Museu é sobretudo um grito de poder branco à brasileira, que se espelha sempre na Europa e Estados Unidos.
É um retrato fiel da estrutura racista brasileira, partindo da origem do dinheiro e patrimônio do seu idealizador, passando pela forma que o acervo conta a história e fala sobre arte, até chegar nas placas de empresas patrocinadoras e o claro caráter corrupto de sujeira impregnada em cada prédio arquitetônico, jardim paisagístico e lago artificial.

Desvio para o vermelho – Cildão
Após essa introdução, quero aqui fazer uma análise da experiência estética que foi a visita ao Museu e Jardim Botânico de Inhotim, vendo o parque todo como passível de leitura conceitual.
Em primeiro lugar a visita a Inhotim é maravilhosa, e o deslumbramento define cada segundo lá dentro, grande parte disso é consequência da natureza por si só, as grandes arvores, vegetação natural e animais. Em segundo a mão do homem usada para lapidar e organizar os espaços, jardins, flores, e elementos arquitetônicos que parecem buscar a harmonia com a natureza. A cada centímetro encontramos o perfume perfeito, a fotografia mais bela, a luz ideal, as cores mais vivas.

Rouge – Tunga
Em essência, temos a ideia de santuário, e talvez por isso a peregrinação entre os territórios e monumentos em nome das Musas da Arte se faz tão querente. Cada prédio que abriga uma ou algumas obras de arte parecem querer dar razão para a existência não só dos objetos, mas do próprio fazer artístico. Andamos de “templo em templo” apreciando Ídolos, reverenciando entidades.
A Narrativa de poder é óbvia, sínica e ofensiva, mas procura te distrair com a beleza e encantamento. Novamente o poder do território se faz nos nomes dos pavilhões, afirmando uma história da arte vitoriosa. A grandiosidade é a marca daqui, e talvez a ideia de santuário fique ofuscada pela sensação de calvário.
Para um branco, a visita ao Museu deve trazer orgulho e talvez até felicidade de “ser brasileiro”. Porém para um artista negro, estar em Inhotim é se sentir estrangeiro no próprio país. Chega a ser cômico olhar toda aquela pantomima, mas a afronta é clara e direta, talvez… só talvez, inconsciente.

Pavilhão Adriana Varejão
Aprendi a apreciar e reverenciar alguns dos artistas imortalizados aqui, Adriana Varejão, Tunga, Lygia Pape, Edgar de Souza, Matthew Barney são os que tenho mais “carinho” e ligação pelas temáticas discutidas. Outros nomes são reconhecidos pelas instituições e colecionadores, que até respeito e compreendo. Porém parecem apenas reforçar a demonstração de Poder, seja no fazer da arte (como furar um buraco de 200 metros no solo para se captar o som produzido, ou fincar vigas de ferro enormes no chão), ou no conceito de possuir e a partir disso demonstrar força.
Em Inhotim o poder de fazer é tão importante quanto o de dominar, o pretexto é falar da arte, de questões do ser humano, mas na realidade é uma ode as mãos brancas. Em primeiro plano temos uma família loira de olhos claros, e como fantasmas e esqueletos em cada parte do parque as mãos negras e indígenas sustentam essa fachada, tanto nas obras quanto nos funcionários, monitores, seguranças e etc.

Pavilhão Tunga
São as próprias obras de arte que vão nos contando essa história, em suas lacunas e entrelinhas (como acontece também fora do museu). Em primeiro lugar, a galeria da Adriana Varejão, quase que central no parque, com suas paredes de carne e ossos, azulejos craquelados parece nos dizer que todas as paredes de Inhotim são feitas do mesmo material humano e que se mantém escondido. No vermelho sangue pendurados sob o lago de True Rouge, e também nos esqueleto e caveiras penduradas na Casa de vidro de Tunga. Como em uma demonstração de culpa cínica, as Galerias de Miguel de Rio Branco e Claudia Andujar com suas câmeras estrangeiras, vão registrar comunidades negras e indígenas sendo afetadas pela mão branca. De maneira um tanto quanto parasita e ofensiva (que merece um texto a parte).
Território é poder, dinheiro é poder, arte é poder – Inhotim é isso, a demonstração do poder fazer, não importando de fato os meios para se fazer. Pois é preciso falar de composição, cor, de espaço, de não lugar, da solidão, da multidão invisível, de cidades derretidas como cemitérios de velas, de pessoas derretidas em cenários de guerra, ou simplesmente a facilidade que o poder te dá de materializar ideias absurdas. Isso é Inhotim.
(veja algumas fotos que tirei em Inhotim no meu Instagram pessoal)
Exposição “Imagens Vestígio” – Desenhos das lembranças
A partir do dia 27 de abril, a mostra Imagens Vestígio vai estar aberta a visitação no Lobo Centro Criativo.
A abertura será as 19h horas desta sexta. Os desenhos estarão a venda pelo período da exposição que termina em 25 de maio.
Neste post vou falar como surgiu a pesquisa e como os trabalhos da mostra foram feitos.
Imagens Vestígio – A Pesquisa
Imagens vestígio surge inicialmente como processo de criação, pesquisa de desenhos e símbolos que eu pudesse usar em minhas pinturas. Ainda em 2009 costurei meu primeiro caderno para usar entre a inda e vinda da faculdade e do trabalho. Para esse caderno escolhi um papel de cor escurecida chamado de Marfim. Sua superfície lisa e sua gramatura média permitiam diferentes usos de materiais, desde o lápis grafite, passando por marcadores, canetinhas e até aguadas simples.
Outro fator determinante para o resultado dos desenhos seria o material: Deveria ser fácil de se carregar e registrar, sem que me preocupasse com secagens ou atravessamento do papel. O feliz encontro e descoberta do Marcador da Montana Colors se uniu as comuns canetas nanquim, (que já usava por ter paixão por hachuras). Deste encontro, nasceu a característica forte, expressiva e simbólica que os desenhos do caderno foram tomando.
As primeiras páginas desse caderno no entanto foram de pesquisa de materiais, usei lápis de cor laranja, aquarela, marcador branco e outros, porém no encontro do marfim, preto e vermelho, foi que achei maior força.
Então saia todos os dias com meu companheiro de viagem, desenhando ambiente, objetos, pessoas em metrô ônibus, fragmentos de obras de arte e desenhos de imaginação, poemas, reflexões sobre minha produção, nomes de artistas, e outras infinidades de coisas. Buscando sempre um desenho sem esboço, direto no nanquim e equilibrando a composição com massas vermelhas uniformes, um universo imagético construído de resquícios de lembranças e registro de esquecimentos, foram se formando, misturando motivos antigos em meu repertório e criando novos.
Consequência do erro, acaso e embate entre material, controle motor e ideia, cada folha do caderno tem uma história e ao revisitá-lo quase sempre sou transportados para o ambiente em que foram produzidas. As vezes a sala de aula, outras em um restaurante de comida barata, outras na mesa de bar de aniversário de amigos, bibliotecas, quartos, estradas, ou a beira do mar.
Toda essa pesquisa que continua até hoje passou por várias fases e meus pontos de interesse foram variando, entre Dali, Goya, Van Gogh, Octávio Araujo, Daniel Senis, Eva Hesse, e tantas outras referências. O meu olhar pelo mundo buscava a relação do corpo com objetos, espaços, com o outro, o real e o sonho.
É interessante pensar na dinâmica de criação dessas imagens, e a relação com o resultado final. Por serem desenhos rápidos, de registos de imagens, pessoas, lugares que estavam passageiras no meu cotidiano, os desenhos tem uma natureza fragmentada, inacabada. Pois muitas vezes o motivo de estudo era perdido, ou interrompido pelo trajeto que tinha que percorrer, uma aula que chegava ao fim, e etc. E as vezes esse desenho só seria “completado” ou finalizado, dias, meses depois. Após ter passado por diversas novas experiências, a revisitação de cada página do caderno era e é constante, A revisitação de memórias, a relembrança, e sobreposição de camadas que ficaram gravadas na feitura de cada página, são o coração desses cadernos.
O primeiro caderno foi finalizado por volta de março de 2010, o segundo foi iniciado em Julho de 2010 e foi nesse momento que as questões da fragmentação se tornaram um motivo consciente e uma busca do corpo recortado, rasgado, costurado, aberto, deformado, muculos, ossos, se tornaram frequentes, o que remetiam a uma violência, a morte e o terror para muitos que observavam o resultado final. Porém o interesse nesses motivos era o poder da linha expressiva, e o como ela potencializava essa violência. Em contra partida, deixei de usar o marcador vermelho em 80% dos estudos, buscando evitar o simbolismo do sangue, dando aos corpos um caráter menos carnal. Com palavras chaves, tiradas do trabalho de Leonilson (Numeros, mãos, cabeças, ramificações, tempo, passagem, corpo, a palavra) e ações (carregar nas costas, segurar junto ao peito, voar, cair, se perder) o segundo caderno se finaliza apenas em março de 2015.
O terceiro caderno iniciado em Maio de 2015 e que ainda estou usando vem me trazendo novas reflexões e busca por representações menos eurocêntricas. Uma visita aos símbolos e imagéticas negras vem sendo minha maior preocupação na criação das imagens no momento. Os fenótipos foram mudando, novas experimentações de materiais e estilos de desenho deixaram as paginas mais variadas.
A Exposição
Para a exposição, resolvi resgatar algumas páginas dos cadernos, desenvolvendo trabalhos maiores e que reconstroem acasos, acidentes, tornando escolhas conscientes processos que tiveram um outro tempo e natureza de nascimento. Além disso, procurei reunir dois grupos de imagens, com natureza distintas nos trabalhos da amostra. No primeiro temos imagens completas, com tons simbólicos e força dramática que conversa com a referência de cada expectador, porém com interpretações mais fechadas. O segundo grupo constrói simbolismos e desperta sensações e interpretações mais abertas, que produzem leituras mais românticas, violentas ou fantásticas de acordo com quem as vê.
Essa revisita as lembranças de 9, 7 anos passados, produziu resultados interessantes e pretendo continuar esses transporte e resignificação dos fragmentos das memórias registradas.
Além também de tornar publico essas pesquisas que ficavam confinadas em meus cadernos, possibilitando novas leituras, e enriquecendo minha poética para futuros trabalhos.
Quem quiser conferir pessoalmente esse trajeto está convidado a visitar a mostra tanto na abertura, como no decorrer do mês de maio.
Serviço:
Exposição Imagens Vestígio – Diogo Nogue
Local: r. capitão cavalcanti, 35A – vila mariana/sp
Visitação: Segunda a Sábado
Site: http://www.lobocc.com.br/
Abertura: 27/04 as 19h
Exposição 10 Faces: do traço a cor
Mostra reúne retratos de diferentes pesquisas com o tema da beleza negra.
Olá amigos, ano começa com muito trabalho e exposições. Dessa vez o convite veio do Projeto 29 Cultural promovido pelo Cartório 29ª da região de Moema. A Tabeliã Priscila Agapito abre seu espaço para mostras. Assim promover um ambiente mais rico para seus clientes e fomentar a cultura.
Com ajuda de montagem e curadoria da artista Gi Archanjo, um lugar que geralmente é sério e monótono, criva vida com a arte de novos artistas.
Diante de uma oportunidade tão especial, decidi reunir algumas pesquisas ainda em desenvolvimento e recuperar algumas ideias que ficaram no caminho.
Dessa seleção é que ficaram os 10 trabalhos que vou levar para a mostra que tem a abertura programada para 19 de fevereiro, ficando em cartaz até 31 de março.
Saindo de retratos com lápis grafite, passando pelos nanquins com uma ideia afrofuturista e chegando aos retratos de guache, onde a cor da pele negra é o maior o meu interesse maior.
10 faces são perguntas que venho me fazendo em busca de uma ancestralidade, representatividade e apropriação de uma visualidade que tenta fugir do padrão eurocêntrico, e tenta beber na observação do povo negro no mundo atual e em realidades fictícias.
Sinto que ainda tenho muito que aprender e pesquisar para chegar em uma resposta e novos caminhos para minha produção. É importante dizer para mim mesmo que as perguntas estão sendo feitas. Melhor ainda é poder compartilhar esse caminho com outras pessoas.
Serviço:
Exposição 10 Faces: do traço a cor
De 19/2 até 31/03
Onde: 29º Tabelionato de Notas da Capital
Endereço: Alameda Jauaperi, 515 – Moema – São Paulo
Exposição “Entre o real e o sonho”
Com trabalhos novos, exposição aponta nova forma de pensar a imagem
Olá amigos, desde o dia 07 de outubro está rolando a exposição “Entre o Real e o sonho”. A mostra reúne algumas pinturas da série “De onde os medos crescem” e uma pesquisa de retratos que investiga a estética e representação preta. Esta é uma tentativa de levar uma pesquisa de arte contemporânea para a periferia, lugar de onde vim e que merece sempre receber e valorizar a arte produzida aqui.
A abertura foi muito divertida, apesar de a chuva ter atrapalhado um pouco. Porém foi legal falar da minha produção e pesquisa e tirar dúvidas com o publico.
Dividindo Conhecimento
Na semana seguinte ministrei uma oficina com alunos do CCJ da região. Apresentei a técnica da aguada, e conversamos sobre semiótica, símbolos e como podemos criar imagens com apropriação de signos do mundo.
A troca tem sido muito positiva em todos os pontos.
O encerramento da exposição vai ser dia 29, ainda da tempo de conferir os trabalhos e deixar suas impressões.
Obrigado à todos que participaram desse momento!
Exposição Pratodos – 40 artistas tendo o prato como suporte!
O Prato como suporte, uma ação social por base
Olá amigos, em Fevereiro a partir do dia 11, estarei participando da exposição coletiva Pratodos aqui em são paulo.
Para essa expo, foram convidados 40 artistas para intervir no prato como suporte. O mais legal é que os pratos estarão e parte da do dinheiro da venda será destinado a uma ong que prepara marmitas vegetarianas para moradores de rua.
Fiquei em duvida em qual das minhas pesquisas aplicar ao prato, porém no fim, acabei escolhendo a pesquisa visual da linguagem das Raízes Negras, (trabalho de ilustração que já postei aqui).
Nessa pesquisa, estou buscando desenvolver uma imagética de identidade negra, resgatando a simbologia, padrões e estética afro, e buscando uma atmosfera afrofuturista.
Neste trabalho iniciei uma pesquisa sobre os Adinkras, como símbolos principais.
Utilizei a acrílica e caneta dourada para trazer um efeito mais de realeza para a peça. O resultado ficou bem interessante. Diferente dos outros retratos da série feitos digitalmente, porém bem interessante na materialidade.
Para mais detalhes de como chegar a exposição veja o release abaixo:
Exposição Pratodos
O Prato, este é o suporte escolhido para a Exposição PRATODOS, onde 40 artistas apresentarão sua poética nesse objeto tão comum, mas cheio de significados e sugestões. Cada artista receberá um prato e nele terá liberdade total de expressão. A proposta é discutir a ética na alimentação nos dias de hoje.
As peças serão vendidas a um preço simbólico (R$60). Parte do valor será destinado aos artistas e o restante do dinheiro será revertido para uma ação que distribuirá marmitas veganas a moradores de rua. Os interessados terão duas opções: comprar pelo valor total (R$60) ou pagar metade do valor e se disponibilizar como voluntário no dia da ação.
O projeto foi idealizado e será realizado pelo espaço independente de arte GARAGEM ATELIÊ. A iniciativa é uma ideia antiga de um dos integrantes e foi inspirada em vários diálogos sobre o que comemos (de origem animal ou não), sobre a comida como objeto de estudo social e até mesmo a arte como algo que alimenta o espírito.
A festa de abertura e venda das artes acontecerá no dia 11 de fevereiro de 2017 no Garagem Ateliê, Ermelino Matarazzo, São Paulo.
LISTA DE ARTISTAS:
– Alcides
– Almir AS76
– Alan Alvico
– André Filur
– Bazco
– Bia Marins
– Dedoth
– Diane Motta
– Diogo Nogue
– Felipe BIT
– Felipe Urso
– Gabigo
– Fernanda Barbosa
– Gabi NIU
– Gi Archanjo
– Gil Douglas
– Gislaine Costa
– Ítalo
– Jana
– Ju Violeta
– Karine Guerra
– Lais da Lama
– Linoca Souza
– Marisasoou Lamah
– Moara Brasil
– Natália Manfrin
– Nautila
– Opeop
– Qel
– Rafael Limberger
– Raiza Limberger
– Régis
– Ricardo Cadol
– Samantha Prado
– Smup
– Tom Pina
– Vander xCHEx
– Vermelho
– William Mophos
GARAGEM ATELIÊ
Local de discussão, produção e exposição de arte na periferia da Zona Leste de São Paulo. O grupo que mantém o espaço (uma garagem de verdade), realiza atividades em conjunto com outros coletivos culturais e artistas da cidade.
Abertura da exposição “De onde os medos ganham força”
Abertura “De onde os medos ganham força”
Olá, neste último dia 17/06, teve a abertura da minha exposição em Santos.
Foi uma noite muito agradável e divertida, com presença de convidados especias, música e risadas.
A mostra conta com 13 trabalhos (11 pinturas e 2 desenhos) desenvolvidos entre 2007 a 2014. E trabalham imagens simbólicas do conto De onde os medos crescem na parte principal. Enquanto que a segunda parte da mostra, reuni alguns trabalhos que foram processo da pesquisa e na tentativa de desenvolver um método de criação relacionando as imagens coletadas do mundo com a literatura.
A exposição fica em exibição até dia 02/07 e todas as telas estão à venda. Acessando a loja do site, você confere todos os detalhes.
Conto “De onde os medos crescem” – Download Free
Esta semana disponibilizei na parte de Downloads do meu site o conto “De onde os medos crescem”. O texto foi escrito como parte do processo de criação das minhas telas de pintura na série homônima.
Um artista que foi quem me mostrou que isso era possível e muito enriquecedor para um trabalho artístico foi o Tunga, que faleceu semana retrasada. Então como homenagem, dedico este conto e esse pdf á ele.
Para baixar clique na imagem acima ou aqui.
Segue abaixo uma reflexão sobre utilizar a literatura como processo para a pintura que escrevi na minha monografia de conclusão da graduação:
De onde as telas crescem: o conto como processo para a pintura.
A literatura sempre fez parte da minha produção. E há alguns anos também desenvolvo minha pesquisa literária, com textos que tendem para uma atmosfera estranha, do fantasioso, onde os acontecimentos podem ser tidos como metáforas ou puro deslocamento da realidade. O que dá outro valor ao enredo do texto (pequenos detalhes ganham mais importância.)
Minha primeira experiência em unir texto e imagem, foi ainda no ensino médio. Onde fiz uma pequena exposição onde cada desenho tinha um texto ao lado.
Os textos poéticos vieram a partir dos desenhos e relacionava os elementos das imagens com a palavra. Estes textos não eram explicações nem descrições das telas, também não eram interpretações, mas por serem postos lado a lado, e por se alimentarem de elementos semelhantes ambos compartilhavam e ampliavam sentidos.
Durante o decorrer do curso de bacharelado, nunca cheguei a repetir essa interação, apesar de ter esse desejo. Alguns motivos adiaram essa minha investida, tais como: a possível relação ilustrativa entre imagem e texto, o direcionamento de interpretação da obra; e a indagação “se o texto já diz tudo que tem que dizer, qual seria então o sentido dessa imagem?”
Porém com meus questionamentos e experiências na procura de métodos para se construir uma imagem, cheguei, com a ajuda de orientadores, a estratégia de ler um livro, um romance inteiro, e fazer uma única pintura sobre este livro. Ser tomado por suas sensações e estímulos tirando dele os elementos para se construir a pintura.
Este desafio trouxe novamente as antigas questões, mas trouxe também uma nova forma de pensar as imagens da pintura, suas relações e estruturas. Apesar de ficar satisfeito com o resultado dessa experiência, não era meu propósito inicial, usar um novo texto para esse projeto de conclusão.
Durante as minhas leituras de pesquisas para o pré trabalho de conclusão de curso, no entanto, entrei novamente em contato com um livro de artista que me deu a certeza de que era possível fazer essa relação entre uma obra ( de qualquer natureza: escultura, gravura, desenho, pintura, performance etc.) e um texto que sirva como fonte “mitológica”, processo de criação.
Este livro foi “O Barroco de Lírios” do artista Tunga (1952-)[1]. Neste livro o artista reúne algumas das suas obras mais importantes. A partir desses registros, vai mostrando o inicio de vida dos temas que utiliza e seus desdobramentos em diferentes trabalhos. Como inicio de cada trabalho Tunga coloca um texto, conto, relato, ou documento que fala da construção dessa obra, a idéia inicial, as referências e desdobramentos.
Porém esse relato, muitas vezes, como acontece, por exemplo, no texto “Xifópagas Capilares entre nós”[2] tem uma liberdade literária, que foge da realidade para criar um universo intrigante que envolve o leitor e mistura fatos reais com mitos e imaginação. Esta aura vai impregnar suas esculturas e desenhos e darão uma unidade a elas.
Foi partindo desse pensamento que desenvolvi o conto[3] “De onde os medos crescem”[4] que une em sua construção as imagens vestígio, anotações de sonhos e relatos de história de família que são mais bem explicados no Anexo 2.
Até então todas as minhas pinturas anteriores vinham de um exercício de imaginar a construção da pintura relacionando símbolos a minha escolha, tentando preencher o campo de trabalho e dividindo as em camadas em busca de uma sensação intuída, mas pouco materializada.
Minha experiência na literatura me fez perceber a forma em que um conto ou texto é criado. Ao escrever a narrativa precisa-se passar credibilidade ao leitor, e também conduzí-lo de forma que todas as palavras, frases e pontuação tenham uma importância determinante. É preciso cuidado, pode-se comparar a montagem de um quebra-cabeça, cada peça (frase) se encaixa em seu lugar, formando a imagem desejada.
Assim, ao inserir um contexto, as ações e símbolos que fazem as imagens precisam ser justificados textualmente, e vão compor um universo. O universo de um conto tem suas próprias regras (às vezes usando as regras do nosso mundo, ou criando novas) e elas precisam ser atendidas para dar sequência a história.
Acontece que seguindo essas regras de construção, o conto tem uma “vida própria”. Sendo assim, parto de uma idéia inicial para o texto, tenho minhas vontades, quero que determinados acontecimentos sejam a chave desse texto. Porém, para justificá-los vou inserir elementos, peças do quebra-cabeça, que não tinha em mãos a priori, mas que são fundamentais na formação do sentido do texto e da imagem que vai trabalhando os elementos pictóricos.
Esta força do enredo me faz construir imagens que eu não teria imaginado de imediato, pensar relações que necessitam de uma lógica diferente para se unir. Existe nesse sentido “um outro tipo de relação entre palavra e imagem” uma “experimentação verbalizada”[5]. Assim “a narrativa verbal prepara uma futura ação plástica”[6].
Foi atrás desta lógica textual que foquei as minhas coletas de imagens e sonhos, defini temas, sentimentos e sensações para transpô-las para a série de pinturas apresentadas. Materializando e desenvolvendo aquelas sensações e imagens que antes eram apenas intuídas. Sendo assim, o conto “De onde os medos crescem” é como um banco de imagens, que foi inicialmente pensado para a pintura, desenvolvido textualmente e novamente transposto para tela.
Este método de tradução de uma linguagem em uma segunda é conhecido como tradução Intersemiótica[7] e é objeto de estudo de Julio Plaza em seu livro homônimo. Plaza nos trás a seguinte definição:
“ A tradução Intersemiótica ou ‘transmutação’ foi definida por Roman Jakobson como sendo aquele tipo de tradução que ‘consiste na interpretação dos signos verbais por meio de sistemas de signos não verbais’ ou ‘de um sistema de signos para outros, por exemplo, da arte verbal para a música, a dança, o cinema e a pintura’ ou vice-versa”. (Plaza. 2001)
Como é dito por Plaza em seu livro, a tradução Intersemiótica nada tem a ver com fidelidade “pois ela cria sua própria verdade e uma relação fortemente tramada entre seus diversos momentos”[8].
Quero dizer com isso que diferente do conto, as telas não tem uma dependência narrativa entre elas, e nem em relação ao texto. Não tento transformar, resumir ou capturar o conto em uma imagem, a tela não tem esse compromisso. Preocupo-me em me apropriar da relação interna do texto, de alguns estímulos e levá-los para o campo pictórico, fazendo que encontrem sua própria existência de acordo com meus procedimentos de pintura. Capturas diferentes momentos, ações e significados e traduzidos em uma imagem.
Em contexto expositivo as telas não dependem do conto, não pretendo apresentar o texto no espaço junto com a tela. E nem mesmo a montagem das telas no espaço precisa seguir a ordem em que elas surgem no conto, pois cada pintura fala de si mesma.
[1] Artista brasileiro ( Palmares, PE). Escultor, desenhista, artista performático.
[2] TUNGA. Barroco de Lírios. São Paulo: Cosac & Naify, 1997 p. 45
[3] Apesar de empregar o termo conto, este não é o mais apropriado para definir o texto referido por ter uma estrutura mais complexa. Porem decidi usar o termo pelo que ele representa (uma história curta).
[4] Anexo 2 p.42
[5] SALLES, C. A., 2003 : 95
[6] SALLES, C. A. 2003 p: 95
[7] PLAZA, 2001: 01
[8] Idem: 01
De onde os medos ganham força? – Exposição
Olá amigos é com prazer que venho anunciar mais essa novidade, finalmente está chegando o dia da minha exposição individual.
A expo chama “De onde os medos ganham força” e vou levar pra ela minhas telas mais recentes, que são continuação das pesquisa em arte contemporânea, sobretudo, pintura contemporânea.
Estou ansioso e trabalhando nos últimos detalhes da montagem, mas faz tempo que esta mostra estava engatilhada e é uma tremenda conquista para mim.
A convocação da Secretaria de Cultura de Santos veio ainda em 2015, após selecionarem meu projeto em banca do Salão de Arte daquele ano. Porém o cronograma dos outros selecionados se estendeu e minha montagem ficou apenas para 2016.
Finalmente chegou.
A pesquisa “De onde os medos crescem” teve inicio no meu projeto de TCC da faculdade. Para ele, escrevi o conto homônimo, inspirado em história de família, da arte, do brasil e misturando conceitos da filosofia, psicologia e do fazer pictórico para gerar relações simbólicas e relações que só a lógica narrativa consegue construir.
Deste conto produzi 4 telas para minha conclusão de curso, elas me renderam nota máxima e também uma indicação para mostra coletiva.
Em 2010 então, junto com mais 10 colegas, participei da exposição “Onze Lições” com as telas desta série.
Posteriormente continuei desenvolvendo a pesquisa e criei outras telas.
A mostra de Santo será a união desse trabalho novo e também as 4 telas iniciais. Portanto é um marco em minha carreira artística, sem dúvida. O nome também é bem significativo, já que os medos começam a crescer quando os anos pós-faculdade vão passando e fica mais difícil manter a produção. Porém a luta não pode parar, por isso sigo sempre acreditando em meu trabalho, sempre desenvolvendo meus conhecimentos teóricos e técnicos para deixar um legado que me orgulhe.
Para mais detalhes da mostra vou deixar o serviço e o link para evento.
Página do Evento: www.facebook.com/events/643055199176504/
Serviço:
Exposição “De onde os medos ganham força” – Diogo Nogue
Quando: de 18 de junho a 02 de julho – Abertura 17.6 às 19h
Onde: Centro de Cultura Patrícia Galvão
Endereço: Av. Senador Pinheiro Machado, 48 – 3º Andar – Vila Matias, Santos/SP
Página do artista: www.facebook.com/diogonogueart
Site oficial: www.diogonogue.com.br
Página da Galeria: www.facebook.com/galeriasdesantos
Informações: (13) 32268010
Conheça o novo site Diogo Nogue
Olá!
Sejam bem-vindos ao meu novo site!
É com muita alegria e entusiasmo que apresento pra vocês esse espaço, pois há anos adiei criar minha própria homepage e finalmente os planos saíram do papel para a rede.
Neste post vou explicar a estrutura do site, lembrando que muita coisa ainda está por vir este ano.
O intuito principal do site foi reunir em um só lugar a minha produção em arte, literatura e design. Durante os anos fui sempre utilizando recurso free da internet para divulgar meu trabalho, com o amadurecimento fez-se necessário um lugar para centralizar todo esse conteúdo.
Além de site oficial e portfólio on-line, o diogonogue.com.br também é uma loja virtual. Em breve farei um post para falar somente dessa parte do site, que vou lançar em um segundo momento.
Veja agora a estrutura do site:
- Biografia – Quem sou: Resume um pouco a minha história e desejos como artista.
- Contato – Aqui você vai encontrar todas as formas de se comunicar comigo, espero sua mensagem.
- Portfólio – Nesta página você vai encontrar alguns dos meus trabalhos mais relevantes nas áreas de Arte, Ilustração e Design Gráfico.
- Blog Desenhos e Devaneios – Para saber o que estou fazendo, estudos e trabalhos recentes fiquem sempre atentos ao Blog. Além de contar com posts novos, transferi o meu antigo blog principal para cá. Então, basta fuçar os arquivos para conhecer e relembrar postagem de 2007 até hoje.
- Loja – Na aba superior do site, além do link para o blog ficam também o link da Loja, “minha conta” e “Carrinho” . Aqui você vai encontrar produtos oficiais como: camisetas, bolsas, canecas, almofadas e outras novidades, além de trabalhos originais. No momento o único produto liberado para pré-venda é o Livro “Trovinhas das cores e amores” que será lançado dia 21/03/2016
- Redes sociais – No canto superior direito e no rodapé esquerdo você encontra links para minhas redes sociais: fb.com/diogonogueart. Instagram: noguediogo e Linkedin. Além de poder assinar o RSS.
- Blogs e projetos externos – Abaixo do mural dinâmico ficam os links de blogs externos: o Registro dos projetos “13 Preto e Vermelho” e “O que deve ser dito”, como também meus blogs literários: Caixa dos Contos e Zona Mental. Pretendo continuar atualizando esses dois blogs externamente. Por isso, acompanhem-os também.
- Downloads – Nesta aba você vai encontrar meus currículos, textos sobre minha produção, PDFs com contos, catálogos e outros itens para baixar gratuitamente.
Espero que tenham gostado do visual e da estrutura e que possam apreciar minha produção de maneira fácil e interativa.
Para suporte em abertura de domínio, estrutura e mentoria da Loja eu conto com os serviços do meu amigo Adhemar (vulgo Max) – Visitem a página dele para mais informações!
Abraço e até o próximo post!
O Crespo livre, a beleza negra e inspirações estéticas de Mucha ao Afrofuturismo
Nasce a Mãe, nasce o filho ou 13 de Março (13 Preto e Vermelho)
Este é mais um vídeo do projeto 13 Preto e Vermelho, mais sobre ele vcs encontram no blog clicando no link aqui ou ali do lado. 🙂
Caderno chegando ao fim
Meu caderno “Imagens Vestigio II” está finalmente chegando ao fim. Este foi iniciado em 07/2010, logo após do primeiro ter acabado.
A pesquisa inicial deste caderno era o corpo fragmentado, e as relações: Corpo + corpo, Corpo + Espaço, Corpo + Objeto, Objeto + Objeto.
No caminho foram surgindo algumas coisas interessantes, outras nem tanto.
Foi um caderno que durou quatro anos! Nem acredito, já que o primeiro durou apenas 2.
Gostei dos resultados que foram surgindo, mas acabei não chegando muito nos preceitos iniciais do caderno.
O interessante é passear por suas páginas e relembrar tantos momentos, exposições e reflexões que registrei no caderno durante esses 4 anos.
Este mês pretendo costurar um novo companheiro para mais anos de reflexões sobre a minha produção e arte em geral.
até lá então!
Primeira Pintura a óleo
Meu Anjo, Dali e Millet estiveram aqui
Meu Anjo tem Sonhos tranquilos
Onze Lições – Exposição.
Eu até esqueci de postar (a correria estava grande), mas estou participando de uma exposição chamada “Onze Lições” junto com alguns amigos.
Dois Corpos – Último.
Agora que terminei varias pessoas me perguntaram : “e ai, o que vai fazer com ele?”
hahaha ainda não sei, deixar guardado. e olhar pra ele daqui a uns 5, 6 meses com outro olhar, e ai, quem sabe, eu vou entender o que eu queria com esses desenhos. (ou não…)
Sobre a chuva e o GuardaChuva.
Sobre a Chuva.
Sobre a Chuva.
O sol se foi de repente
Foi-se também a luz do meu rosto
Sobrou a lágrima que corria muda
Solitária, trazendo-me seu gosto.
Os trovões rompiam o silêncio
Os raios iluminavam seus olhos.
Olhei o céu buscando estrelas
Mas a noite me trazia nuvens
Escuras como a cor dos seus cabelos.
Saí de braços abertos, passos incertos
O cheiro da chuva invadia o ar
O vento soprava fazendo as árvores dançar
Um leve gotejar, para lavar as mágoas de muitos.
Meu peito ardia cravejado pelas lágrimas do mundo.
Via o céu desabar aos poucos
A chuva molhar seu corpo bem devagar
Dançando na rua sem se importar com os outros
O vento soprar macio a te levar
Qualquer tristeza escorria pela rua
E toda beleza era sua.
Esperava contente o presente
Que lavava corpo e mente.
Fui deixando pelo chão:
Roupas, mágoas e solidão
me preenchia de pequenas alegrias:
As pérolas de cristal me faziam companhia.
Sabia que ali era seu lugar
A simples alegria encharcou meu olhar
Joguei-me em seus braços
Dois corpos e a tempestade
Sentimentos confusos
Uma só verdade.
Sabia que ali era meu lugar
Ali eu estava livre
Ali eu estava completa
Ali todos meus medos se perdiam
Todo meu coração se encontrava.
De onde Os medos Crescem
Bom, este ano deixei o blog meio de lado com atualizações esporádicas. O motivo era meu TCC ( trabalho de conclusão de curso) em Artes Visuais. Meu projeto foi em pintura. nem tive muito tempo para ilustrar esse ano. focado ao máximo ao meu projéto.
A série de telas “De Onde os Medos Crescem” nasceu em 5 meses mais ou menos. junto com ela tinha que desenvolver meu artigo de 20 paginas e o conto que também deu 20 paginas.
O conto era a fonte das imagens que foram para as telas. Muito trabalho em escrever as passagens do conto e depois passar para as telas de 100 x 150 cm mais ou menos.
O trabalho valeu a pena. estou formado, e foi uma ótima banca avaliativa.
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Momento da banca (Logo atrás de mim, as telas)
Inicio do Pesadelo premonitório
No quintal da Infância: brinquedos que não foram meus
Ela tinha Sonhos, mas quem vive deles?
(No fim) Nossas memórias são inimigas
O conto que deu origem as telas não vou postar por enquanto, pretendo fazer um blog só para ele, além de um pdf ilustrado. qualquer dia o link aparece por aqui.
abraços a todos que passarem
Fragmentos Sobre a Chuva
Um desenho de 2008 se não me engano, um estudo que comecei usando anilina, papel reciclado e caneta spray metálica. pretendo continuar, mas com um papel arroz quando tiver um tempinho.
em seguida, Fragmentos Sobre a Chuva…. mais um devaneio.
“…Os trovões rompiam o silêncio
Os raios iluminavam seus olhos.
Olhei o céu buscando estrelas
Mas a noite me trazia nuvens…”
“…Esperava contente o presente
Que lavava meu corpo e minha mente.
Fui deixando pelo chão:
roupas, magoas e solidão
me preenchia de pequenas alegrias:
as perolas de cristal me faziam companhia…”

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Nossa que estranho! – Desenho 41/ Devaneio 9
Se perdendo no tempo – Desenho 42 “Natividade” – Devaneios 10 Hoje em dia
Coletânia TNTema – Devaneio Já que tão Distante
entrelaços _ primeiro post 2008- Devaneio 11 “seja lá o que fosse”
Desenho 66 – Devaneio 21 – Lacuna